Palmeira terá representante no Parlamento Universitário do PR

O Parlamento Universitário do Paraná terá um representante da cidade de Palmeira. O jovem Lucas Mateus Lopes Santana, de 23 anos, acadêmico de Serviço Social na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), foi selecionado em 1º lugar entre os 18 finalistas da instituição, com média 9,3, levando consigo o projeto “Juventude Presente”.

Mais do que uma conquista pessoal, essa vaga representa um marco para a juventude do interior do estado. Lucas é o filho mais novo de cinco irmãos e o primeiro da família a ingressar no ensino superior. Nascido e criado no interior do Paraná, ele carrega uma trajetória marcada por desafios, mas também por uma profunda crença no poder transformador da juventude.

“Levo comigo o nome de tantos que nunca se sentiram representados. Gente que cresceu ouvindo que política não era lugar para nós. Gente que achava que não podia sonhar alto porque carregava no peito o peso da origem, da classe social, do local onde nasceu. Essa vitória não é minha. É nossa.”

Lucas defende que seu projeto seja uma ponte entre os espaços de poder e os jovens das comunidades mais invisibilizadas, principalmente os de áreas rurais, vilas e periferias urbanas. A proposta visa facilitar o acesso à informação política e à participação cidadã.

O processo seletivo do Parlamento Universitário teve 1.260 inscritos em todo o Paraná. Na UEPG, foram 39 inscritos, com 18 candidatos na fase final. Lucas obteve a melhor média e será o único palmeirense e único representante titular pela UEPG na edição 2025 do programa da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP), que acontecerá de 17 a 25 de julho, em Curitiba. Durante mais de uma semana, os estudantes viverão a rotina parlamentar, criando, debatendo e votando projetos de lei.

Além de estudante, Lucas é coordenador do Parlamento Jovem de Palmeira e atuou como presidente do LEO Clube por dois mandatos consecutivos (um grupo de voluntariado jovem que realiza ações sociais e comunitárias). Em todas essas experiências, ele sempre teve um foco: dar vez e voz à juventude que por muitas vezes é ignorada nos grandes debates.

“Eu quero devolver o que estou aprendendo. Quero que os jovens que coordeno vejam, através de mim, que é possível ocupar espaços de decisão. Essa experiência vai me ajudar a ser um educador político melhor, mais preparado, mais sensível. Porque quem vem de onde eu vim sabe o que é lutar para ser ouvido.”

Lucas embarca para Curitiba com o coração cheio de responsabilidade. Não pela visibilidade, mas pela missão: representar os que nunca se sentiram representados e abrir caminhos para que mais jovens se reconheçam como protagonistas da transformação social.